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CADA GRAVIDEZ É UMA GRAVIDEZ

Achava eu que sabia tudo sobre gravidezes quando de repente dou por mim a sentir-me uma completa novata nesta segunda gestação. Estou grávida de 26 semanas (ou 6 meses para quem assim o preferir) e, até agora, a gravidez do Mateus está a ser muito menos simpática do que a do Vicente.



Não é novidade para ninguém que eu adorei estar grávida e que desejava repetir a experiência. Não contava faze-lo tão cedo mas aconteceu e estou muito feliz. Mas esta gravidez está a ser muito diferente da primeira. Talvez também por este motivo eu tivesse pensado que estava grávida de uma menina. Mas de facto, cada gravidez é uma gravidez e o género do bebé não tem influência no assunto.

As diferenças físicas entre as duas gestações
Mas o que é que eu sinto de diferente em relação à gravidez do Vicente? Tantas coisas!



O facto de ter estado grávida à tão pouco tempo e de me recordar tão bem de tudo, faz com que me sinta muito insegura quando sinto coisas que não senti anteriormente.

O meu sentimento perante este novo estado de Graça

Estou muito feliz por estar novamente grávida e por poder ser mãe pela segunda vez. No entanto, não há dúvidas de que quando estamos grávidas pela primeira vez damos mais atenção e valor a coisas que na segunda passam despercebidas.

A minha sábia colega que tenho citado tantas vezes (Rita, vou ter de começar a pagar-lhe! Ou então vou ter de ter um testemunho seu aqui no blogue. Temos de pensar nisso… ), disse-me outra coisa bastante interessante "Não faças ao primeiro filho o que não tencionas fazer ao segundo". E este conselho começa logo a sua validade na gravidez. Refiro-me a álbuns, sessões fotográficas, … tudo o que na primeira gravidez faz sentido fazer e que na segunda poderá não ter tanta piada. Mas vejamos as diferenças entre as duas gravidezes: 


Ah, pois é, estou grávida!
Na gestação do Vicente, a minha gravidez era o centro do mundo. Agora as coisas são um bocadinho diferentes. Acredito que o facto do Vicente exigir tanto de mim, acabe por passar esta gravidez para segundo plano e não ter tantos cuidados como tive na primeira.

Dizem que tenho de descansar. É impossível faze-lo quando tenho um bebé que me pede muito colinho e que quer brincar a toda a hora. Na gravidez do Vicente chegava do trabalho e sentava-me no sofá, o que agora é impossível! Na gravidez do Vicente, não pegava em coisas pesadas. Agora, todos os dias pego, várias vezes ao dia, em 10 quilinhos de amor.

Na gravidez do Vicente, sempre que alguém se aproximava de mim a dar-me os parabéns, eu assumia sempre que era por estar grávida. Nesta gravidez, aconteceu duas pessoas (em momentos diferentes) darem-me os parabéns e, das duas vezes, eu fiquei a olhar para as pessoas sem entender o motivo até que, após começar a ver as suas caras a ficarem vermelhas e com ar preocupado de quem acabou de confundir uma barriguinha de gordura com uma barriguinha de grávida, caí em mim!

Mas sabem do que mais sinto falta nesta gravidez?
Dos miminhos extra do Fábio.

Nos três primeiros meses da gestação do Mateus ele esquecia-se completamente de que eu estava grávida. Muitas vezes eu falava em nós os quatro e ele perguntava sempre quem era o quarto elemento!

Agora, a ideia já assentou na sua cabeça e sei que ele se preocupa bastante comigo: não me deixa fazer esforços, sempre que o turno lhe permite, é ele que trata do Vicente, … São várias formas em que ele demonstra a sua preocupação com esta gravidez. Mas sinto falta de outras coisas… Nós mulheres somos umas insatisfeitas!

Na gravidez do Vicente o Fábio chegava a casa e dava-me dois beijinhos: um na boca e um na barriga. Hoje, quando ele chega a casa, corre para o Vicente e, se eu tiver sorte, lá recebo um beijinho, mas a minha barriga não. (Sim, a relação de um casal muda muito! Num próximo Estendal falarei sobre isso.)

A paciência/vontade dele de colocar a mão na minha barriga para sentir o Mateus em nada se compara com a primeira gestação.

Tenho várias fotografias dele a dar beijinhos na minha barriga de Vicente. A barriga de Mateus ainda não tem uma única.

São destas coisinhas (insignificantes) que tenho saudades e que me fazem falta!

E convosco como foi?
Partilhem comigo!

Beijinhos,
Flávia

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