Nestes oito meses de experiência no mundo da maternidade, confesso que a introdução da diversificação alimentar foi (e está a ser) a parte que não me importava de "passar à frente". Enquanto a alimentação do Vicente se restringia ao leite (mesmo que artificial), as saídas de casa até eram relativamente simples. Com a introdução da diversificação alimentar, o caso mudou de figura.
A introdução da diversificação alimentar, como o próprio nome indica, consiste na introdução gradual de alimentos de forma a que o bebé se habitue a novos sabores e texturas e também para que seja possível detetar alguma intolerância ou alergia.
Assim, o bebé deve começar por comer sopa apenas com os ingredientes base (sem sal) e posteriormente, de três em três dias, deverá ser adicionado (ou substituído) na sopa um novo ingrediente.
As etapas seguintes consistem em:
- complementar a refeição com fruta;
- adicionar proteína à sopa;
- introduzir papa ou iogurtes ao lanche;
- introduzir sopa ao jantar
- completar a refeição de sopa com um segundo prato...
... e por aí fora até a criança comer tudo o que nós comemos.
Portanto, sair de casa sem que o bebé tenha almoçado poderá ser, nos primeiros dias, um pesadelo!
Nos primeiros dias, após muita choradeira acabamos por lhe dar a sopa num biberão. Ele comia tudo, não havia lágrimas e todos ficávamos felizes.
É claro que isto não era solução. Embora ele estivesse a aceitar bem a sopa, era necessário que soubesse comer com a colher. Por sugestão da médica de família fizemos uma nova tentativa com uma colher de café. E não é que resultou?! Mas agora imaginem o tempo que demorávamos a dar-lhe sopa!
Na minha opinião, o pior neste processo da introdução da diversificação alimentar é toda a logística associada. E isso começa logo na confeção de comida adicional e estranha (sopa com carne? What???).
Já lá vão quatro meses desde que o Vicente começou a diversificação alimentar e, como tal, fui adquirindo alguns truques, muitos dos quais sugeridos por mães amigas, para facilitar a minha vida. Como não podia deixar de ser, vou partilha-los convosco.
As minhas dicas para vocês:
1. Sopa com batata doce. Façam a sopa com batata doce para ser mais apelativa ao vosso bebé. Sugiro o mesmo na introdução do segundo prato.
2. Doses individuais de sopa. Distribuam a sopa, acabada de fazer, por vários recipientes, de forma a terem cada dose separada.
Cá em casa compramos os copos da Avent (compramos logo os de 240ml) que são ótimos para armazenar alimentos, permitem ir ao micro-ondas, são adequados para irem ao frigorífico e ao congelador e podem ser lavados na máquina. Adicionalmente, têm uma tampa com uma superfície para escrita (que permite ajudar a registar as datas e o conteúdo) e, na minha opinião, a cereja no topo do bolo: estes copos têm uma barra de medidas.
Curiosidade: apercebi-me de que as mães que ofereceram leite artificial aos seus filhos têm mais necessidade de controlar as quantidades que os filhos ingerem do que as mães que amamentam. Talvez seja por nós estarmos tão habituadas às medidas quando preparamos o leite artificial e por o mesmo não ser possível quando se amamenta. Não sei!
3. Congelar a sopa. Congelem a sopa (acabada de fazer) que sobrar. Quando a tirarem do congelador, só têm de ferve-la e, voilá, é como se tivesse sido feita no momento.
4. Confecionar a proteína e congelar em doses individuais. O bebé deverá experimentar vários tipos de carne e peixe. No entanto, as quantidades que o bebé come são mínimas (cerca de uma colher de sopa de proteína por cada dose ou uma porção do tamanho da palma da mão do bebé).
Quando confecionamos a proteína, acabamos por preparar mais quantidade do que a necessária. Sugiro que congelem o excedente em doses individuais. Cá em casa, por sugestão de amigas, embrulhamos as doses individuais em prata e congelamos.
5. Bebé Gourmet. Esta foi uma grande dica que me deram mas ainda não usufruí dela. Ainda! Neste momento a loja só existe em Telheiras mas, quem sabe?! Talvez um dia abram franchisings pelo país fora.
Mas o que é a Bebé Gourmet? A Bebé Gourmet é a melhor amiga das mães! Esta cozinha confeciona comida para crianças entre os cinco meses e os quatro anos, com produtos 100% biológicos. A Bebé Gourmet foi fundada por duas mães (óbvio!) que se focaram em "não sacrificar a nutrição em prol da conveniência".
Esta cozinha vende comida não só ao público como também é fornecedora de refeições de várias creches e infantários em Lisboa.
Se eu tivesse sabido deste conceito antes das minhas férias no Algarve, teria certamente aderido. Mas acreditem que, mais dia, menos dia vou experimentar o conceito. Chegar a casa e só ter de aquecer a comida para o meu filho será, só, espetacular! É que todo este processo da diversificação alimentar dá muito trabalho!
Consultem o site para mais informações.
Mais sobre a minha experiência neste processo da diversificação alimentar...
Já conhecem o alimentador "Aprendo a comer" da Saro (adoro esta marca)? Este alimentador é muito útil para dar alguma autonomia ao bebé sem correr qualquer risco de engasgamento. Basicamente consiste numa espécie de chucha com uma rede na ponta. Nessa rede é introduzida fruta, verduras, bolachas, …, sendo que apenas os sumos e os nutrientes passarão para o bebé.
Adicionalmente, se a rede for recheada com alimentos frios ou até com fruta congelada (por exemplo) dará algum alívio ao bebé durante a dentição. O Vicente adora!
Saco térmico
Como agora são raras as vezes que saio de casa sem iogurtes, tive de arranjar um saco térmico todo catita para transportar os lanchinhos do Vicente. Mariquices de mãe! Mandei fazer o meu saco na Craft for You e ficou um mimo.
Cadeira de refeições
Como não podia deixar de ser, optamos pela cadeira do IKEA: barata e prática! Os avós também já têm uma cadeira para o netinho ;)
Água - Preciso da vossa ajuda!
Termino o estendal de hoje a pedir-vos dicas sobre como fazer com que o Vicente beba água.
Já tentamos vários biberões, copos, seringas, … e nada! O sacaninha não quer beber água. Também já tentamos dar-lhe chá e sumo que resultou da cozedura da fruta e... nada!
Com a introdução de comida mais sólida, os cocós do Vicente estão a ser muito difíceis. Já optamos por retirar a cenoura e a banana e por fazer sopas e papas mais líquidas mas mesmo assim, a coisa não é fácil!
Ajudem-me!
Fico à espera de sugestões vossas.
Até 3f,
Flávia
Assim, o bebé deve começar por comer sopa apenas com os ingredientes base (sem sal) e posteriormente, de três em três dias, deverá ser adicionado (ou substituído) na sopa um novo ingrediente.
As etapas seguintes consistem em:
- complementar a refeição com fruta;
- adicionar proteína à sopa;
- introduzir papa ou iogurtes ao lanche;
- introduzir sopa ao jantar
- completar a refeição de sopa com um segundo prato...
... e por aí fora até a criança comer tudo o que nós comemos.
Portanto, sair de casa sem que o bebé tenha almoçado poderá ser, nos primeiros dias, um pesadelo!
Nos primeiros dias, após muita choradeira acabamos por lhe dar a sopa num biberão. Ele comia tudo, não havia lágrimas e todos ficávamos felizes.
É claro que isto não era solução. Embora ele estivesse a aceitar bem a sopa, era necessário que soubesse comer com a colher. Por sugestão da médica de família fizemos uma nova tentativa com uma colher de café. E não é que resultou?! Mas agora imaginem o tempo que demorávamos a dar-lhe sopa!
Na minha opinião, o pior neste processo da introdução da diversificação alimentar é toda a logística associada. E isso começa logo na confeção de comida adicional e estranha (sopa com carne? What???).
Já lá vão quatro meses desde que o Vicente começou a diversificação alimentar e, como tal, fui adquirindo alguns truques, muitos dos quais sugeridos por mães amigas, para facilitar a minha vida. Como não podia deixar de ser, vou partilha-los convosco.
As minhas dicas para vocês:
1. Sopa com batata doce. Façam a sopa com batata doce para ser mais apelativa ao vosso bebé. Sugiro o mesmo na introdução do segundo prato.
2. Doses individuais de sopa. Distribuam a sopa, acabada de fazer, por vários recipientes, de forma a terem cada dose separada.
Cá em casa compramos os copos da Avent (compramos logo os de 240ml) que são ótimos para armazenar alimentos, permitem ir ao micro-ondas, são adequados para irem ao frigorífico e ao congelador e podem ser lavados na máquina. Adicionalmente, têm uma tampa com uma superfície para escrita (que permite ajudar a registar as datas e o conteúdo) e, na minha opinião, a cereja no topo do bolo: estes copos têm uma barra de medidas.
Curiosidade: apercebi-me de que as mães que ofereceram leite artificial aos seus filhos têm mais necessidade de controlar as quantidades que os filhos ingerem do que as mães que amamentam. Talvez seja por nós estarmos tão habituadas às medidas quando preparamos o leite artificial e por o mesmo não ser possível quando se amamenta. Não sei!
3. Congelar a sopa. Congelem a sopa (acabada de fazer) que sobrar. Quando a tirarem do congelador, só têm de ferve-la e, voilá, é como se tivesse sido feita no momento.
4. Confecionar a proteína e congelar em doses individuais. O bebé deverá experimentar vários tipos de carne e peixe. No entanto, as quantidades que o bebé come são mínimas (cerca de uma colher de sopa de proteína por cada dose ou uma porção do tamanho da palma da mão do bebé).
Quando confecionamos a proteína, acabamos por preparar mais quantidade do que a necessária. Sugiro que congelem o excedente em doses individuais. Cá em casa, por sugestão de amigas, embrulhamos as doses individuais em prata e congelamos.
5. Bebé Gourmet. Esta foi uma grande dica que me deram mas ainda não usufruí dela. Ainda! Neste momento a loja só existe em Telheiras mas, quem sabe?! Talvez um dia abram franchisings pelo país fora.
Mas o que é a Bebé Gourmet? A Bebé Gourmet é a melhor amiga das mães! Esta cozinha confeciona comida para crianças entre os cinco meses e os quatro anos, com produtos 100% biológicos. A Bebé Gourmet foi fundada por duas mães (óbvio!) que se focaram em "não sacrificar a nutrição em prol da conveniência".
Esta cozinha vende comida não só ao público como também é fornecedora de refeições de várias creches e infantários em Lisboa.
Se eu tivesse sabido deste conceito antes das minhas férias no Algarve, teria certamente aderido. Mas acreditem que, mais dia, menos dia vou experimentar o conceito. Chegar a casa e só ter de aquecer a comida para o meu filho será, só, espetacular! É que todo este processo da diversificação alimentar dá muito trabalho!
Consultem o site para mais informações.
Mais sobre a minha experiência neste processo da diversificação alimentar...
Já conhecem o alimentador "Aprendo a comer" da Saro (adoro esta marca)? Este alimentador é muito útil para dar alguma autonomia ao bebé sem correr qualquer risco de engasgamento. Basicamente consiste numa espécie de chucha com uma rede na ponta. Nessa rede é introduzida fruta, verduras, bolachas, …, sendo que apenas os sumos e os nutrientes passarão para o bebé.
Saco térmico
Como agora são raras as vezes que saio de casa sem iogurtes, tive de arranjar um saco térmico todo catita para transportar os lanchinhos do Vicente. Mariquices de mãe! Mandei fazer o meu saco na Craft for You e ficou um mimo.
Como não podia deixar de ser, optamos pela cadeira do IKEA: barata e prática! Os avós também já têm uma cadeira para o netinho ;)
Água - Preciso da vossa ajuda!
Termino o estendal de hoje a pedir-vos dicas sobre como fazer com que o Vicente beba água.
Já tentamos vários biberões, copos, seringas, … e nada! O sacaninha não quer beber água. Também já tentamos dar-lhe chá e sumo que resultou da cozedura da fruta e... nada!
Com a introdução de comida mais sólida, os cocós do Vicente estão a ser muito difíceis. Já optamos por retirar a cenoura e a banana e por fazer sopas e papas mais líquidas mas mesmo assim, a coisa não é fácil!
Ajudem-me!
Fico à espera de sugestões vossas.
Até 3f,
Flávia
Comentários
Enviar um comentário