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SOMOS MÃES, NÃO SOMOS SUPER-MULHERES

Supostamente iria deixar o tema da maternidade de lado por uns tempos mas tendo sido no domingo o meu primeiro Dia da Mãe não resisti em esmiuçar um pouco mais o tema. Mas o que significa ser mãe?


 Para mim, ser mãe:
  • É ter o coração fora do corpo.
  • É amar incondicionalmente (e esse amor começa logo na gravidez).
  • É ter para sempre uma razão para sorrir, para lutar, para viver.
  • É ser capaz de fazer tudo pelos seus pequenotes (que serão sempre pequenotes, tenham a idade que tiverem!).
  • É mudar a forma de pensar porque tudo passa a ser relativo.
  • É deixar de ter medo de aranhas, osgas, gafanhotos e toda a espécie de bichos que pode facilmente aparecer ao pé dos filhos.
  • É ver, com entusiasmo, os filhos crescer tendo, simultaneamente, saudades de fases passadas.
  • É ter um sentimento de completude.
  • É finalmente perceber o sentido da vida.
Esta é a opinião de uma mãe que ama ser mãe. Mas, o que será que pensa a sociedade sobre o papel de uma mãe? Li recentemente um texto que uma amiga partilhou e que me inspirou para o post de hoje.


Segundo a sociedade, uma mãe:

Deve amamentar. E se não tiver leite? E se o bebé não pegar no peito? E se a mãe simplesmente não quiser amamentar? Hum… E que tal, simplesmente, alimentar a criança seja com leite materno ou artificial?

Não deve deixar o filho dormir na cama dos pais. E se a criança passar a noite em claro a chorar porque não quer dormir sozinha? Vão os pais, que no dia seguinte têm de trabalhar, passar a noite acordados só para que o filho não durma com eles?

Deve brincar todos os dias com o filho e ao ar livre. Faça chuva, faça sol! Não importa as horas a que chega a casa depois do trabalho. Não interessa se tem o jantar para fazer e mil e uma outras coisas para tratar. Deve arranjar tempo para estar com o filho, brincar, contar histórias, estimular a aprendizagem da criança e fazer atividades novas todos os dias.

Deve ter a casa impecável. Ter brinquedos no chão da sala ainda é aceitável. Agora, pó nos móveis e cotão no chão... Que mãe é esta???

Deve fazer exercício físico para perder o peso acumulado da gravidez. Porque é muito fácil arranjar tempo para fazer exercício físico. Porque é muito fácil arranjar quem fique com as crianças para que a mãe possa dedicar um bocadinho de tempo a si. Porque é muito fácil falar!

Deve sair de casa arranjada. E se, antes de sair de casa, o filho bolsar para a blusa, mesmo que seja só um bocadinho, a mãe deve ir a correr trocar de roupa, independentemente de chegar atrasada a algum compromisso que tenha. Ah e não é vestir uma peça de roupa qualquer. Tem de ser uma que fique bem com o restante outfit.

Prepara comidas saudáveis. Um bife ou um peixinho e legumes devem ser as refeições na casa de uma mãe. E se não houve tempo para ir ao supermercado? A lasanha que está no congelador e que fica pronta em 30 min não serve para alimentar a família? Não, não serve, E os legumes congelados também não. Toca a ir ao supermercado comprar legumes frescos.

Tem tempo para o marido. Faz surpresas, prepara as refeições que ele mais gosta, aceita ir jantar fora de vez em quando, ... Fácil!

Sabe tudo. Uma mãe não chora, não tem dúvidas, não grita. Uma mãe respira fundo e sorri. Pois claro!



A sociedade descreve as mulheres como super-mulheres e estabelece uns padrões altamente ridículos na definição de uma boa mãe. Nós somos simples seres humanos e fazemos o melhor que podemos e conseguimos. Super-mulheres: só nos filmes.

Vemo-nos na próxima terça-feira com mais um post e, desta vez, sobre casamentos :)

Até lá,
Flávia

Comentários

  1. Ser mãe é ser mãe e já não é nada pouco! Agora ser mãe e super mulher é quase impossível.
    Eu sou mãe e continuo com medo de aranhas e osgas, e não vem mal nenhum ao mundo por isso :)).
    Saber tudo?? Esquece.......
    O teu menino é liindo.
    Beijinhos
    Aida

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